Na última década, a gestação depois dos 35 anos cresceu 84% nos Estados Unidos, o casamento e a carreira profissional são alguns dos motivos
Na década de 50, as mulheres se casavam ainda na adolescência e tinham seus filhos entre 18 e 25 anos. Há vinte anos ainda eram raras as mulheres que engravidavam depois dos 30. Nessa época, ter filhos depois dos 35 significava risco de vida: para a mãe e o bebê. Os próprios médicos desaconselhavam as mulheres a engravidar nessa faixa etária. Há cinquenta anos, uma mulher de 40 já era avó.
De vinte anos para cá, um número cada vez maior de mulheres procura retardar ao máximo a gravidez. As mães tardias são um fenômeno mundial. Um quarto das mulheres americanas está optando por engravidar com 35 anos ou mais.
O IBGE revela que o número de mães com mais de 40 anos no Brasil cresceu 27%, entre 1991 e 2000. Aquelas que tiveram filho pela primeira vez com idade entre 40 e 49 anos fazem parte de um segmento populacional com alta escolaridade.
Uma das razões para que muitas mulheres adiem o sonho da maternidade é a carreira profissional. A formação escolar de uma pessoa com grau universitário exige pelo menos quinze anos de estudo. Isso significa que dificilmente uma mulher está formada antes dos 22 anos. Com uma pós-graduação, somam-se mais dois ou três anos. Além de uma boa formação acadêmica, é preciso acumular algum tempo de experiência no mercado de trabalho para consolidar uma carreira profissional bem-sucedida.
Retardar a gravidez é mais comum entre famílias de maior renda e instrução. Isso significa que o planejamento dos filhos é também um indicador importante de desenvolvimento. É impossível entender a mudança de comportamento na família resultante da gravidez na meia-idade sem observar a curva de crescimento da expectativa de vida. Esse é um dos feitos mais extraordinários da humanidade neste século. No passado, antes dos antibióticos, das vacinas e dos cuidados com saneamento e higiene, a vida era uma corrida contra o tempo.
Outro fator que contribui para a gravidez tardia é o segundo casamento, cada vez mais comum nas famílias brasileiras. Assim, mulheres que se separaram sem ter filhos do primeiro marido se veem na condição de poder engravidar do novo parceiro. É também mais frequente que mulheres com filhos do primeiro casamento decidam ter outros com o novo marido.
Fonte:wordpress
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